ESPOSENDE E O SEU CONCELHO


quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Câmara Municipal de Esposende

Avança processo de construção do canal de proteção
A Câmara Municipal de Esposende já chegou a acordo com os proprietários de mais de 110 parcelas de terreno, situados na área onde será construído o sistema intercetor e de desvio do perímetro urbano de Esposende, com o qual se pretende evitar inundações na cidade. Este gigantesco processo de negociação teve agora um novo impulso com a presença dos nossos emigrantes, tendo-se fechado inúmeros acordos pendentes e estando prevista a assinatura de cerca de mais duas dezenas para muito breve, processos que estão apenas dependentes da regularização registral. Em simultâneo e porque a candidatura apresentada está prestes a ser aprovada e os prazos para a execução da empreitada são muito apertados, a autarquia decidiu requerer a Declaração de Utilidade Pública.
O Executivo Municipal aprovou assim, por unanimidade, na última sessão de 2016, a proposta apresentada pelo presidente da Câmara, Benjamim Pereira, requerendo a redução e retificação do pedido de declaração de utilidade pública para a construção do sistema de desvio da área urbana de Esposende, para as parcelas que não venham a ser objecto de acordo.
Este pedido de utilidade pública segue agora para o Secretário de Estado da Administração Local, para autorização de posse imediata dos bens.
Lembre-se que, em causa está a construção de um canal intercetor desde a rotunda da empresa Solidal, em Esposende, até Cepães, Marinhas, numa extensão de 4,5 quilómetros, que visa minimizar as cheias que assolam o concelho durante os meses de Inverno. Com um investimento a rondar os 4,5 milhões de euros, a obra aguarda financiamento de fundos comunitários, através do PO SEUR, e deve iniciar-se em maio de 2017, tendo um prazo de execução de seis meses. Este projeto decorre da decisão do Ministério do Ambiente, que classificou Esposende como zona crítica, no âmbito do Plano de Gestão de Riscos de Inundação, elaborado pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Paulo Gonçalves

Paulo Gonçalves mantém 2.º lugar no Dakar 2017

Português fez uma etapa exímia partindo na frente e mantendo-se na liderança até ao final dos 275 quilómetros cronometrados.
Paulo Gonçalves segurou hoje o segundo lugar na segunda etapa da edição de 2017 do Rali Dakar, prova que partiu esta segunda-feira do Paraguai e ruma até Buenos Aires onde tem o pódio de chegada marcado para o próximo dia 14 de janeiro, mantendo igualmente a terceira posição na tabela geral.
O piloto de Esposende, militante da equipa oficial Honda, foi o terceiro a partir para a “especial” cronometrada de 275 quilómetros entre Resistencia e San Miguel de Tucumán, na Argentina, e manteve-se sempre na abertura do percurso a um ritmo imponente que impediria a aproximação da concorrência mais direta. No fecho da tirada, “Speedy” Gonçalves distava apenas 3min51s para o mais rápido do dia, o vencedor da edição de 2016 da prova, Toby Price, cabendo-lhe agora permanecer no terceiro lugar da tabela geral a 2min54s do líder Price.
A terceira etapa traz as primeiras dificuldades da prova com a introdução da altitude. Um total de 780 quilómetros entre San Miguel de Tucumán e San Salvador de Jujuy servirá novos desafios à lista de concorrentes nas motos, em particular na batalha pela “especial” de 364 quilómetros ao cronómetro.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Paulo Gonçalves

Paulo Gonçalves arranca em 3.º no Dakar 2017


Prova arrancou hoje da cidade de Assunção, no Paraguai, com uma primeira etapa servida em apenas 39 quilómetros cronometrados.
A edição de 2017 do Rali Dakar foi hoje para a estrada com a primeira de 12 etapas a desenrolar-se entre Assunção, cidade que este ano acolheu a cerimónia de partida da maior prova de todo-o-terreno do mundo, e Resistencia, confirmando assim a estreia do Paraguai na lista de países anfitriões.
Paulo Gonçalves averbou o 3.º melhor tempo na tirada de apenas 39 quilómetros a contrarrelógio, com um total de 28min48s, apenas mais 26 segundos do líder inicial da corrida, o espanhol Joan Pedrero Garcia. O piloto oficial da equipa Monster Energy Honda Team chegou ao final da “especial” cronometrada com o quinto melhor tempo, mas acabaria por beneficiar da penalização de dois concorrentes para ascender ao terceiro lugar da classificação geral.
A segunda etapa da prova marca o arranque mais “a sério” do rali, com uma “especial” cronometrada a ascender os 275 quilómetros por entre um total de 803 percorridos entre Resistencia e San Miguel de Tucumán, na Argentina.
Paulo Gonçalves: “Dia positivo, o Dakar 2017 arrancou hoje com uma curta ‘especial’ de apenas 39 quilómetros, consegui o 3.° melhor tempo, muito tranquilo. O verdadeiro Dakar ainda está para começar e aí será muito importante manter um bom ritmo. Vamos continuar a trabalhar para sair desta edição com o objetivo cumprido: vencer!”

sábado, 31 de dezembro de 2016

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

"O Ano Velho em Esposende"

Republicação
"Livros que não podem faltar na estante de um esposendense."


Estante de autores esposendenses:
AUTOR: ARMANDO MEIRA MARQUES HENRIQUES
TÍTULO: O ANO VELHO EM ESPOSENDE
EDITORA: EDIÇÃO DA JUNTA DE FREGUESIA DE ESPOSENDE
ESTANTE: ETNOGRAFIA
COMENTÁRIOS: EDIÇÃO DA JUNTA DE FREGUESIA DE ESPOSENDE, ANO 2002, 47 PAGS, BROCHURA.
CURIOSIDADES: TEVE O PATROCÍNIO DO JOÃO NUNES, DESENHOS DO JOÃO MIGUEIS, A “CANTILENA” FOI MUSICADA PELO PROF. ANTÓNIO RIBEIRO. O PREFÁCIO FOI FEITO PELO DR. ALBINO PEDROSA CAMPOS E TEM, AINDA, “DUAS PALAVRAS” DO JOSÉ FELGUEIRAS.

2013 - “E bota o ano velho fora... E venha o novo cá p’ra dentro...”

Republicação

CARLOS BARROS
Hoje, a tradição permanece, pelas ruas de Esposende especialmente na Rua Direita, mais lucrativa...
"E vota o Ano Velho fora, e venha o Novo cá p´ra dentro, te..rrum...tum..tum..."


"Cantinho dos lobos do Mar"

“ O Trio”  na cela…
  Alguns jovens, com os seus quinze aninhos de idade, numa friorenta tarde de dezembro de mil novecentos e sessenta e oito, época natalícia, filhos legítimos da ribeira,- Toninho “Zurique”, Santos, Candinho e  João  Muchacho- estavam a jogar futebol, no caminho que separava  as casas do Bairro de S. Vicente de Paulo, em plena rua de S. João. 
 No calor do jogo, o Ribeirinho acidentalmente, mandou uma bolada ao neto do Li e, depois de muito alvoroço, o Li -Alfredo Barros Lima, pescador mestre da motora Daniel José-apresentou queixa no posto da GNR de Esposende, tendo  o processo seguido para o Tribunal já que o Li, teimosamente, não perdoou ao Ribeirinho, que se tinha “desfeito em mil desculpas”.
Os três amigos, afirmaram, no Tribunal de Esposende, que não tinham visto nada, contudo o “Caravelha”, como testemunha, tinha dito em tribunal  que eles tinham visto tudo e que estavam a mentir…
 Já dentro do tribunal, o Candinho começou a espreitar por uma “frincha” da porta da sala de audiências e, por mero azar, foi visto pelo   “Garcia velho” que ficou possesso e furioso, e de dedo em riste, virou-se para o Candinho disse-lhe, num tom de voz ameaçador:
 Ó seu vadio, vais para o xadrez e não vai demorar muito tempo…
O Candinho, descalço, tremia “como varas verdes” pois, possuía  “cadastro”  uma vez que ,  já tinha sido preso, por ser apanhado,  a pescar à lampreia, num dia da estacada e, como castigo, foi condenado a “serviço comunitário” sendo obrigado a limpar o rio Cávado onde se amontoava o entucho das cheias. Claro que, o Candinho, não aceitou o castigo e foi parar à cadeia tendo afirmado que estava melhor preso que a trabalhar para o “tenente”…
 O Adão, escrivão do tribunal, ia registando, na sua velha máquina de escrever “Olímpia”, todos os pormenores da ocorrência, organizando o processo para o veredicto final.
 Depois da audição final, a mandato do juíz, os três ribeirenses foram conduzidos, pelo sr. António carcereiro, para a prisão, por terem mentido.
 Estiveram presos durante dois dias e duas noites e na friorenta cela, o Muchacho começou a chorar, dizendo que não queria morrer!
  O Santos, passava o tempo a cantar o fado para se distrair e a Laura do Roto, que tinha uma loja perto da cadeia, foi fazer queixa ao carcereiro, senhor António, pai do Manel Maria da Ritinha Padeira porque não conseguia dormir com tanta barulheira. O trio foi avisado pelo senhor António mas, a irreverência era “fogo que não se apagava” com facilidade…
 O Santos, continuou a cantar o fado mais baixinho e parecia um pintassilgo a cantar e a “dobrar”, ajudado pelo Muchacho! Este amigo desesperado, certo dia, pegou numa vassoura e queria “matar” o carcereiro porém, o Santos  tirou-a das mãos para não agravar a  situação penal... O João Muchacho ia resmungando para as paredes da cela e passava o dia a dormir, curtindo as mágoas…
  O Candinho que se encontrava deitado no colchão “pulguento” da cela propôs aos amigos, para que no dia trinta e um fossem pôr o “Ano Velho Fora” pois, tinha uma carrela, uma japona do pai e um “sueste” do tio Geno.
 O Santos olhou de soslaio para o amigo e respondeu-lhe prontamente:
 O que quero é sair desta “cela velha” e o meu pai, quando chegar a casa, vai-me mas é “chegar a roupa ao pelo” e lá se vai o “Ano Velho Fora”…