Antigas Glórias da ADE:
José Fernando Loureiro Correia - (O Inheco)-;
O Fernando nasceu a 6 de abril de 1947 e começou a dar os primeiros pontapés na bola, na ribeira de Esposende, iniciando a “sua curta carreira” de jogador no Esposende S. C. aos 16 anos, tendo jogado nos juniores do ESC , acabando a sua carreira em 1976.
Estava inscrito como jogador na F.P.F. com o número 97.997, jogando como senior em 1971/1972, 1972/73, 1973/74, 1974/75, 1975/76, envergando a camisola do Esposende Sport Club.
A vida desportiva do Fernando Inheco, está recheada de peripécias interessantes que aconteceram em vários campos de futebol da Associação de Braga.
Num jogo entre o Esposende e o Ponte da Barca, para o Campeonato, o Esposende perdia no reduto do seu adversário por uma bola a zero e o saudoso senhor Braga que sempre assistia aos jogos, mandou um recado para o banco para o Inheco, prometendo- lhe cinquenta escudos, quantia razoável para essa época, por cada golo que marcasse.
A informação chegou aos ouvidos do Fernando e no meio da segunda parte, o nosso craque abriu o livro e fez dois golos de rompante, conseguindo a vitória para o Esposende que se defendeu muito bem , até final do jogo.
O primeiro jogador a sair do balneário, foi o Inheco, que foi à procura do senhor Braga para receber o “pataco” mas, para azar do Inheco, ele já estava de regresso a Esposende contudo, mais tarde, o senhor Braga, como homem de palavra, apareceu na Havaneza, já que o Zip Zip, estava fechado, e lá entregou os cem escudos em duas notas de cinquenta, ao Fernando que enrolou uma das notas de cinquenta no bolso, para o tempo de crise, e a outra foi para as despesas no café e todo o mundo bebeu e comeu com a nota de cinquenta escudos mas, a despesa final ultrapassou o prometido, valeu novamente, o senhor Braga a liquidar o que faltava.
Foi mais uma vitória do ESC, que possuía jogadores que suavam a camisola, não ganhavam praticamente nada, a não ser os referidos lanches no Café Havaneza, Zip Zip ou na Nélia. O Fernando jogou com o António Pinto, Tião Saganito, Passos, Carvalho, Leonel, Basilio, Jorge, Lázaro, João Muchacho, Pais, Ferraz, Ramalho, Delfim, Sotero, e tantos outros atletas que honraram a camisola do ESC.
O ESC sagrou-se campeão Distrital de Braga e foi promovido à Terceira Divisão Nacional (07-05/72) e a festa de Campeões realizou-se no dia sete de Maio e fazia parte da Direção os ilustres esposendenses: Mário M. Henriques, Barreira, Lopes Dr. Reis, Armindo Duarte, Dr. Juvenal-médico-, Armindo da “Fábrica”, Fernando Rego, Francisco Areias, Manuel Rego, Pilar, António Terra, João Vilarinho, e os saudosos senhores Braga e Miranda.
Era um domingo especial, porque o Esposende deslocava-se ao Marinhas para defrontar este vizinho que possuía uma equipa bastante forte e reforçada com jogadores de boa craveira, sendo o guarda-redes Fonseca o defensor das suas redes.
O Esposende estava a exibir-se bem e sofreu um golo, o que espicaçou os jogadores esposendenses e, o Fernando Inheco, despertou e num grande remate do centro marcou um excelente golo e, incrivelmente, o árbitro invalidou o tento e foi o “fim do mundo” pois, os jogadores rodearam o árbitro e quando menos se esperava, seguiram-se agressões e alguns jogadores “molharam a sopa” ao árbitro e o Fernando Inheco e o Tião Saganito foram expulsos e o Leonel Laguna também sofreu ordem de expulsão. O jogo terminou aí e o Tião e Inheco ficaram presos no balneário do campo de futebol mas, o Tião conseguiu fugir pelos campos e só parou em Esposende, escondendo-se no café Marino, enquanto que as autoridades –GNR- o procuravam na Ribeira.
O processo seguiu para as instâncias do Conselho de Disciplina e o Fernando Inheco foi primeiramente, “Irradiado” e mais tarde, a pena foi minimizada para três anos de suspensão e aqui acabou a carreira do Fernando Inheco não, por culpa exclusiva dele, mas sim de um árbitro mal intencionado que lhe invalidara um excelente golo…
O João Muchacho e o Santos, jogadores que alinharam nesse jogo, não foram castigados, embora cometessem “excessos” mas, felizmente, o árbitro não viu nem registou essas infracções….
Numa das suas deslocações a Âncora Praia, para defrontar o Âncora - agora Ancorense- para o Campeonato Distrital da 1ª Divisão, o Esposende Sport Club desfrutava de uma equipa muito combativa e competitiva, homens de “raça” e de boa têmpera e nessa equipa destacava-se, como era habitual, o Fernando Inheco, um jogador, para a época, soberbo e quando estava inspirado, era jogador desequilibrador.
O ESC era treinado pelo “velho“ Laguna, e o Fernando seu familiar, nem sempre levava uma vida regrada e deitava-se “às tantas” nas vésperas dos jogos, o que não agradava ao seu tio. Nesse jogo entre o Âncora e o Esposende, o Inheco foi colocado no banco de suplentes, o que geralmente não se incomodava e, ao intervalo, o Esposende estava a perder por um a zero. Nesse espaço, o Fernando saiu do banco e foi fazer as “necessidades”, numas austrálias, vegetação existente, junto ao campo de futebol e o mestre Laguna andava à sua procura para entrar na segunda parte porque o jogo estava feio. No reinício do jogo, o craque entrou, para espanto da assistência que desconhecia aquele jogador, penteadinho, de caracolinho na cabeça e ar vaidoso… Mas, passados uns minutos, o Inheco, em três grandes jogadas fez três golos e o Esposende venceu o seu opositor por três bolas a uma, perante a alegria do treinador Laguna e da pouca assistência do Esposende.
O tio Laguna, no final do jogo, olhou para o sobrinho e disse-lhe:
- Malandro, poderias ser o melhor jogador português, não fosse a malandrice e a vagabundagem…
O Fernando olhou para o tio e respondeu:
Deixe lá de conversas, vamos mas é para a Havaneza comer umas sandes e uns “canecos” que o Jerónimo está à nossa espera…
No regresso, lá estava toda a equipa na Havaneza, a comemorar a vitória e o Fernando a dar “show” a beber, bem acompanhado pelo Tião Saganito que não lhe ficava atrás….
Ao balcão, o senhor Franquelim, apelidado pelo “Calcinhas” esfregava as mãos pela receita e o senhor Porfírio, preocupado pelas finanças, lá ia contando os “trocos” para pagar a despesa destes valorosos atletas do ESC que, apesar de tudo, mereciam a merenda, geralmente bem “regada”…
Em 1972 o Esposende ia receber o Marinhas no campo Padre Sá Pereira e era o derby local há muito tempo esperado porque os esposendenses ainda não tinham esquecido o jogo nas Marinhas que tinha sido interrompido , depois daquele grande golo invalidado ao Inheco.
O campo encheu-se de assistência, uma bancada repleta de apoiantes das duas equipas e o ESC fez uma grande exibição, goleando o Marinhas por quatro bolas a zero e o Fernando Inheco, marcou três grandes golos ao Fonseca, guarda-redes marinhense que só gritava para os colegas:
- Marquem aquele Inheco…Marquem-no…
E o Fernando olhava para ele e dizia:
- Toma lá Fonseca, e as bolas eram disparadas como “balas” para dentro da baliza do Marinhas… Era a desforra prometida e uma grande tarde do Inheco, mais uma…
No final do jogo, o “empresário” Solinho, que adorava o Esposende, levou o Fernando e a equipa para a Havaneza e foi comer e beber “até ao bico” e, como é natural, pagou tudo para gaúdio do senhor Franquelim.
O amigo Pastor, que admirava o Inheco, tinha-o alertado, dias antes, ao seu amigo Capitão, construtor da Construção Civil e dirigente do Marinhas:
-Em Esposende, o Marinhas com as fintinhas leva “abada” do Esposende…
O Capitão, com a sua habitual altivez, tinha respondido, ao amigo:
- Vamos ganhar sem espinhas a Esposende e aposto contigo Pastor!
No final do jogo, o Pastor foi ao encontro do Capitão, este com ar abatido e disse-lhe:
- Toma Capitão, foram quatro eu bem te avisei!...Eu avisei-te que o Inheco ia dar cabo de vocês e acertei! Toma Capitão!...
Num célebre Esposende-Vianense (Desidério, Cané…) o Esposende, depois de estar a perder com o seu opositor, o Inheco, que estava ausente do jogo, “acordou” e com dois pontapés fulminantes, em livres, marcou os dois golos do Esposende, empatando o jogo, num dia chuvoso, com o terreno lamacento e escorregadio. Ainda hoje, me recordo deste excelente jogo, era eu ainda criança em que o senhor Porfírio me deixava entrar no campo, mas acompanhado do meu tio Abilio Curvão…
O Fernando era mesmo assim, bom rapaz, solidário, humano, com uma sentido de humor impar, e com ele não havia tristezas contudo, o que o “matava” eram as “borgas” e as noitadas o que o prejudicava como jogador e quando estava inspirado, era imparável, com a sua velocidade estonteante e remate forte e colocadíssimo.
Entrevistas com o Fernando Loureiro (Inheco), João Muchacho, A. Pinto, Sotero, Santos Coutinho e Miguel Gomes.
Carlos Manuel de Lima Barros-
Esposende Sport Club e as “Velhas Glórias”
05-10-2015
Antigas Glórias da ADE:
José
Fernando Loureiro Correia - (O Inheco)-
O Fernando nasceu a 6 de abril de 1947 e
começou a dar os primeiros pontapés na bola, na ribeira de Esposende, iniciando
a “sua curta carreira” de jogador no Esposende S. C. aos 16 anos, tendo jogado
nos juniores do ESC , acabando a sua carreira em 1976.
Estava inscrito como jogador na F.P.F. com o
número 97.997, jogando como senior em 1971/1972, 1972/73, 1973/74, 1974/75,
1975/76, envergando a camisola do Esposende Sport Club.
A vida desportiva do Fernando Inheco, está
recheada de peripécias interessantes que aconteceram em vários campos de
futebol da Associação de Braga.
Num jogo entre o Esposende e o Ponte da
Barca, para o Campeonato, o Esposende perdia no reduto do seu adversário por
uma bola a zero e o saudoso senhor Braga que sempre assistia aos jogos, mandou
um recado para o banco para o Inheco, prometendo- lhe cinquenta escudos,
quantia razoável para essa época, por cada golo que marcasse.
A informação chegou aos ouvidos do Fernando e
no meio da segunda parte, o nosso craque abriu o livro e fez dois golos de
rompante, conseguindo a vitória para o Esposende que se defendeu muito bem ,
até final do jogo.
O
primeiro jogador a sair do balneário, foi o Inheco, que foi à procura do senhor
Braga para receber o “pataco” mas, para azar do Inheco, ele já estava de regresso a Esposende contudo,
mais tarde, o senhor Braga, como homem de palavra, apareceu na Havaneza, já que
o Zip Zip, estava fechado, e lá entregou os cem escudos em duas notas de
cinquenta, ao Fernando que enrolou uma
das notas de cinquenta no bolso, para o
tempo de crise, e a outra foi para as despesas no café e todo o mundo bebeu e
comeu com a nota de cinquenta escudos mas, a despesa final ultrapassou o
prometido, valeu novamente, o senhor Braga a liquidar o que faltava.
Foi
mais uma vitória do ESC, que possuía jogadores que suavam a camisola, não ganhavam praticamente nada, a não ser os
referidos lanches no Café Havaneza, Zip Zip ou na Nélia. O Fernando jogou com o António Pinto, Tião
Saganito, Passos, Carvalho, Leonel, Basilio, Jorge, Lázaro, João Muchacho,
Pais, Ferraz, Ramalho, Delfim, Sotero, e tantos outros atletas que honraram a
camisola do ESC.
O ESC
sagrou-se campeão Distrital de
Braga e foi promovido à Terceira Divisão Nacional (07-05/72) e a festa de
Campeões realizou-se no dia sete de
Maio e fazia parte da Direção os ilustres
esposendenses: Mário M. Henriques, Barreira, Lopes Dr. Reis, Armindo Duarte,
Dr. Juvenal-médico-, Armindo da “Fábrica”, Fernando Rego, Francisco Areias,
Manuel Rego, Pilar, António Terra, João
Vilarinho, e os saudosos senhores Braga
e Miranda.
Era um domingo especial, porque o Esposende deslocava-se ao Marinhas
para defrontar este vizinho que possuía uma equipa bastante forte e reforçada com
jogadores de boa craveira, sendo o
guarda-redes Fonseca o defensor das suas redes.
O Esposende estava a exibir-se bem e sofreu
um golo, o que espicaçou os jogadores esposendenses e, o Fernando Inheco, despertou e num grande remate do centro
marcou um excelente golo e, incrivelmente, o árbitro invalidou o tento e foi o
“fim do mundo” pois, os jogadores rodearam
o árbitro e quando menos se esperava, seguiram-se agressões e alguns jogadores “molharam a sopa” ao
árbitro e o Fernando Inheco e o Tião Saganito
foram expulsos e o Leonel Laguna
também sofreu ordem de expulsão. O jogo terminou aí e o Tião e Inheco ficaram
presos no balneário do campo de futebol mas, o Tião conseguiu fugir pelos campos e só
parou em Esposende, escondendo-se no café Marino, enquanto que as autoridades
–GNR- o procuravam na Ribeira.
O processo seguiu para as instâncias do
Conselho de Disciplina e o Fernando Inheco foi primeiramente, “Irradiado” e
mais tarde, a pena foi minimizada para três anos de suspensão e aqui acabou a
carreira do Fernando Inheco não, por culpa exclusiva dele, mas sim de um
árbitro mal intencionado que lhe invalidara um
excelente golo…
O João Muchacho e o Santos, jogadores que alinharam nesse jogo, não foram
castigados, embora cometessem “excessos” mas, felizmente, o árbitro não viu nem
registou essas infracções….
Numa das suas deslocações a Âncora Praia, para defrontar o Âncora - agora
Ancorense- para o Campeonato Distrital
da 1ª Divisão, o Esposende Sport Club
desfrutava de uma equipa muito combativa e competitiva, homens de “raça” e de boa
têmpera e nessa equipa destacava-se, como era habitual, o Fernando Inheco, um
jogador, para a época, soberbo e quando
estava inspirado, era jogador desequilibrador.
O ESC era treinado pelo “velho“ Laguna, e o
Fernando seu familiar, nem sempre levava uma vida regrada e deitava-se “às
tantas” nas vésperas dos jogos, o que não agradava ao seu tio. Nesse jogo entre o Âncora e o Esposende, o
Inheco foi colocado no banco de suplentes, o que geralmente não se incomodava
e, ao intervalo, o Esposende estava a perder por um a zero. Nesse espaço, o Fernando saiu do banco e foi
fazer as “necessidades”, numas austrálias, vegetação existente, junto ao campo
de futebol e o mestre Laguna andava à sua procura para entrar na segunda parte
porque o jogo estava feio. No reinício do jogo, o craque entrou, para espanto
da assistência que desconhecia aquele jogador, penteadinho, de caracolinho na
cabeça e ar vaidoso… Mas, passados uns minutos, o Inheco, em três grandes jogadas
fez três golos e o Esposende venceu o
seu opositor por três bolas a uma, perante a alegria do treinador Laguna e da
pouca assistência do Esposende.
O tio Laguna, no final do jogo, olhou para o
sobrinho e disse-lhe:
-
Malandro, poderias ser o melhor jogador português, não fosse a malandrice e a vagabundagem…
O Fernando olhou para o tio e respondeu:
Deixe lá de conversas, vamos mas é para a
Havaneza comer umas sandes e uns
“canecos” que o Jerónimo está à nossa espera…
No regresso, lá estava toda a equipa na
Havaneza, a comemorar a vitória e o Fernando a dar “show” a beber, bem
acompanhado pelo Tião Saganito que não lhe ficava atrás….
Ao balcão, o senhor Franquelim, apelidado
pelo “Calcinhas” esfregava as mãos pela receita e o senhor Porfírio, preocupado
pelas finanças, lá ia contando os “trocos” para pagar a despesa destes
valorosos atletas do ESC que, apesar de tudo, mereciam a merenda, geralmente
bem “regada”…
Em 1972 o Esposende ia receber o Marinhas no
campo Padre Sá Pereira e era o derby local há muito tempo esperado porque os
esposendenses ainda não tinham esquecido o jogo nas Marinhas que tinha sido interrompido , depois
daquele grande golo invalidado ao Inheco.
O campo encheu-se de assistência, uma bancada
repleta de apoiantes das duas equipas e o ESC fez uma grande exibição, goleando
o Marinhas por quatro bolas a zero e o Fernando Inheco, marcou três grandes
golos ao Fonseca, guarda-redes marinhense que só gritava para os colegas:
-
Marquem aquele Inheco…Marquem-no…
E o
Fernando olhava para ele e dizia:
- Toma
lá Fonseca, e as bolas eram disparadas como “balas” para dentro da baliza do
Marinhas… Era a desforra prometida e uma grande tarde do Inheco, mais uma…
No final
do jogo, o “empresário” Solinho, que adorava o Esposende, levou o Fernando e a
equipa para a Havaneza e foi comer e beber “até ao bico” e, como é natural,
pagou tudo para gaúdio do senhor Franquelim.
O amigo Pastor, que admirava o Inheco, tinha-o
alertado, dias antes, ao seu amigo Capitão, construtor da Construção Civil e
dirigente do Marinhas:
-Em Esposende,
o Marinhas com as fintinhas leva “abada” do Esposende…
O Capitão, com a sua habitual altivez, tinha
respondido, ao amigo:
- Vamos
ganhar sem espinhas a Esposende e aposto contigo Pastor!
No final
do jogo, o Pastor foi ao encontro do Capitão, este com ar abatido e disse-lhe:
- Toma
Capitão, foram quatro eu bem te avisei!...Eu avisei-te que o Inheco ia dar cabo
de vocês e acertei! Toma Capitão!...
Num célebre Esposende-Vianense (Desidério,
Cané…) o Esposende, depois de estar a perder com o seu opositor, o Inheco, que
estava ausente do jogo, “acordou” e com
dois pontapés fulminantes, em livres, marcou os dois golos do Esposende,
empatando o jogo, num dia chuvoso, com o terreno lamacento e escorregadio.
Ainda hoje, me recordo deste excelente jogo, era eu ainda criança em que o
senhor Porfírio me deixava entrar no campo, mas acompanhado do meu tio Abilio
Curvão…
O Fernando era mesmo assim, bom rapaz,
solidário, humano, com uma sentido de humor impar, e com ele não havia
tristezas contudo, o que o “matava” eram as “borgas” e as noitadas o que o prejudicava como jogador e quando
estava inspirado, era imparável, com a
sua velocidade estonteante e remate forte e colocadíssimo.
Entrevistas com o
Fernando Loureiro (Inheco), João Muchacho, A. Pinto, Sotero, Santos Coutinho
e Miguel Gomes.
Carlos Manuel de Lima Barros-
Esposende Sport Club e as “Velhas Glórias”
05-10-2015
Este
"jovem" esposendense é sócio do Esposende há 57 anos,
sempre com as cotas em dia, admirável, amigo Pinto!
O Pinto, um médio
arguto, jogou com inúmeros jogadores que defenderam as cores do ESC.
Augusto-Graça-Mó
(G.R.), Passos, Pilar, Carvalho, Amâncio, Quim Tripas, Zé Lemos M.
Pinto-seu irmão- Tião Saganito, Sotero, Augusto e Manuel
Cruz, Adelino Torres, João Vilarinho, Leonel Laguna (1967...) e
tantos outros, de uma longa lista. Chegou a jogar com o Samuel e
Jaime, na altura veteranos...
Aos 18 anos, o
Pinto saiu dos viveiros dos jogadores da velha ribeira e o seu primeiro
treinador foi o senhor Pinheiro Borda que teve à sua disposição jogadores de
renome como o Farol (G.R.), João Tamanqueiro, Cruz, Réqueté, Monteiro, Manuel
Losa entre outros.
Foi capitão da equipa
do ESC quando o treinador era o Graça (G.R. do Porto e V. Setúbal) e no
seu tempo apenas treinavam à quarta-feira, no velho pelado do Campo Padre Sá
Pereira e quando se ganhava ao Riopele, Vianense, Famalicão, Gil Vicente,
equipas mais credenciadas, a equipa tinha o prémio de uma sande ou prego no
pão, na Pensão Laranjeira, ou uma posta de bacalhau frito, com uma malga de
vinho... O Ronaldo e o Messi deveriam ler este texto!...
O Pinto teve o
prazer em trabalhar com o Porfírio Gomes Moreira, um homem de uma dedicação
extraordinária ao Esposende que fazia uma gestão "quase milagrosa" já
que o dinheiro não abundava...
Este nosso amigo,
foi um dos fundadores da ADE, no dia 27-11-78 que foi encabeçada pelo irmão
Manuel Pinto (mais conhecido por Rex), um grupo de 19 esposendenses,
bairristas, que não deixaram morrer o futebol em Esposende.
Em 1978/79, o Pinto
pescou uns "miúdos”, alguns oriundos do grupo Desportivo Cultural "Os
Pioneiros.-Esposende” como João Catora, Geno, Zé Paulo, Eiras, Paulo Miguel, Malagueta,
José Joaquim, M. Gomes entre outros jovens, que participaram num torneio
em França (Maurecas), em maio de 1982 e a jovem equipa esposendense
ganhou o taça em disputa perante uma enorme alegria dos jogadores,
dirigentes e do Pinto.
O António Pinto
treinou inúmeros jovens, na formação, com sacrifícios familiares
mas, ele sempre foi homem de trabalho, sacrifício e de fortes convicções.
Muito mais
teria a falar de António Pinto, mas o texto vai longo e outras detalhes
da sua vida desportiva serão escalpelizados.
Parabéns A. Pinto,
todos nós gostamos de ti e não é por mero acaso que anualmente os teus
"meninos" organizam um jantar convívio, onde estás sempre presente.
Tive sempre o
orgulho de ser convidado para esses jantares convívios, o que muito agradeço.
Carlos M. L. Barros
"As velhas
glórias do Esposende”
agosto de 2015
Manuel Pinto, irmão
do António Pinto em que chegaram a jogar juntos na equipa do ESC.
Imagens de um dos
convívios dos "meninos" do António Pinto.
Com estas imagens, também
ilustram a verdadeira dimensão humana do A. Pinto, "o amigo dos
patinhos" do Cávado....
Pelo Esposende
Sport Clube-E.S.C. passaram inúmeros jogadores que envergaram
as camisolas do Clube, com empenho, luta e muito amor à camisola e muitos
deles eram pescadores e no mar, dias dos jogos, pensavam mais no jogo em que
iriam participar, que propriamente na pesca- Passos, Tião Saganito,
entre outros-
O Aníbal Mó foi uma "jóia da coroa" do ESC, como guarda-redes de
imensos recursos e potencialidades, chegando a disputar a baliza com o
Delfim- Zé Pacóvio- e Quim Tripas, "o elástico". Chegou a
treinar no F. C. Porto, sendo aconselhado a assinar contrato mas,
tal não foi possível porque os tempos eram outros...
(segue
o texto)
Aníbal
Mó - Antiga
glória do E.S.C.
José
Aníbal Loureiro Gonçalves Mó nasceu a 19-06-1948 e foi um excelente
guarda-redes do ESC, começando a sua carreira futebolística nos juvenis do ESC
e espraiou nos campos pelados, já que os relvados eram raros, toda a sua
categoria como “Keeper”.
Guarda-redes
com excelente colocação dentro dos postes e era ágil como uma “raposa” a
defender bolas chutadas “à queima roupa”, e tinha enormes reflexos, defendendo
bolas dificilmente defensáveis para
outros guarda-redes.
Representou
uma época o Apúlia e o Fão, neste clube já como agente da Guarda –Fiscal, durante uns escassos meses, mas com seguro,
uma das suas exigências, quando a equipa fangueira, lutava para não descer de
divisão e o Anibal Mó, Tonho e João Muchacho foram os reforços vindos do ESC
que “salvaram” o Fão de uma despromoção iminente. No Apúlia jogou com o defesa
central Pinho e com o Julinho e a direção Apuliense, na altura, pagava bons
prémios. No Fão também jogou com o Né e o irmão
Bernardino, excelentes avançados, esquerdinos natos.
O
Mó, deixou de jogar aos 28 anos mas, prolongou a sua carreira no futebol de cinco
no Fluvial Vianense, em 1969, e cessou
de jogar aos 41 anos, chegando a ser campeão Nacional nesta modalidade de futebol
de salão. Nessas equipa jogava o Fernando Inheco e o Leonel Laguna. Para ver os
jogos a Viana do Castelo, chegavam a ir dois e três autocarros do Linhares para
ver jogar estes excelentes jogadores esposendenses no Fluvial Vianense.
Num
Apúlia-Esposende, que terminou com um empate de 2-2, o Anibal fez uma exibição
portentosa e em Esposende foi muito criticado pelos esposendenses, sem razão
que o justificasse, já que ele representava o Apúlia, o que não era bem aceite
pelas gentes de Esposende…. Outros tempos….
Recorda-se
de um Esposende-Fafe, esta equipa era extremamente forte e competitiva e tinha grandes
jogadores (Portugal, Valença…) e o Aníbal fez a exibição da sua “vida” e o ESC
ganhou, contra todas as expectativas por 1-0, sendo a única derrota sofrida
pelo Fafe, com um golo do avançado Bino, de Vila Chã,
irmão do Américo, defesa central que também representou o Esposende.
Nesse
jogo, o Anibal saiu lesionado e foi substituído pelo Quim Tripas que conservou
as suas redes incólumes mediante uma portentosa exibição. Ao Quim Tripas
chamavam-lhe o “homem elástico” devido à sua “elasticidade física”, com “saltos
mortais” e voos espectaculares na defesa na sua baliza.
O
seu colega de equipa, Fernando Inheco, grande amigo, chegou a ir treinar ao
Boavista, acompanhado do primo Leonel Laguna mas, a transferência não se
concretizou. O Mó foi treinar ao Varzim e esteve iminente a sua transferência contudo como pertencia ao
Salva-Vidas, para evitar o serviço militar, teve que permanecer em Esposende. O
Comandante do Delegação Marítima Tavares, controlava, sem piedade, os
movimentos destes jovens esposendenses e chegava a mandar tocar a sineta do
Salva-Vidas para “fazer a chamada” , o que revoltava o patrão
do salva-vidas o “velho Laguna”.
O
Mó foi treinar ao FC Porto, treinado por Artur Baeta e nos treinos comprovou a
sua classe e só não foi transferido porque o seu pai, que era pescador, não o
permitiu uma vez que o Aníbal era um dos sustentos da casa, como trabalhador
dos serviços Municipalizados de Esposende e mesmo como pescador desportivo,
cujo rendimento da pesca ao robalo, chegava
aos 120$00 diários e o seu pai, nesse tempo na motora, apurava, muitas
vezes, 60$00 semanais. Eram treze pessoas em casa a sustentar e o Aníbal era o
mais velho dos seus nove irmãos o que lhe trazia acrescidas responsabilidades no
seio da sua família.
O Varzim, treinado por Meirim, mandava
olheiros aos jogos ver o Mó jogar e o senhor Porfírio, um exemplo de dedicação
ao ESC, ao aperceber-se disso, nunca deixava o Aníbal Mó jogar, que se fazia de
doente, para não sair do ESC. O Mó apreciava as qualidades do Manel Correia,
irmão do Fernando Inheco, que passou ao lado de uma grande carreira de
futebolista, sendo conhecido pelo alcunha de “Pé de Leque” e o Tio Laguna
gostava muito deste jogador e augurava-lhe
um futuro risonho.
O Anibal teve vários colegas, como
guarda.-redes: - Avelino, Delfim (O Pacóvio), Graça, que jogou no Sporting
Clube de Portugal e Setúbal, e o “elástico” Quim Tripas”, que reside
actualmente, na Senhora-da-Hora/Matosinhos, e foi treinado por inúmeros treinadores: Tio Laguna, Graça, Samuel,
Romeu, Amâncio…
Esta
“glória” do ESC foi colega de equipa de inúmeros jogadores, a maioria deles,
naturais do concelho de Espodende: Tião Saganito, Carvalho, Passos, Pilar,
Sotero, João Vilarinho, A. Pinto, Leonel Laguna, Fernando “Inheco”, Américo de
Vila Chã, Bino, Muchacho, Tonho, Basilio,
Lázaro e tantos outros.
O
Aníbal não estava motivado para jogar no Gil Vicente, onde era muito apreciado
e solicitado para jogar na equipa de Barcelos porque temia ter uma vida
“desviada”, como teve o jogador Russo de Fão,
jogador esquerdino que não foi afortunado, na sua carreira de jogador.
Um
dos seus últimos jogos, foi em Moura, em 1974, onde Esposende foi jogar para a
Taça de Portugal, sendo eliminado.
O
Aníbal aposentou-se, após longos anos de exercício como agente da guarda-fiscal
e estabeleceu-se com um restaurante onde ainda se come e bebe-se bem e,
atualmente, leva uma vida pacata, no seio da sua família, deleitando-se a
pescar e a ver o seu rio Cávado e o seu Mar, na barra de Esposende, onde o
“pesquei”, no dia 4 de dezembro, observando o oceano Atlântico, ao lado da sua
pasteleira-bicicleta- e daí surgiu este trabalho escrito que amavelmente e com
extrema simpatia, me atendeu.
Foi
um diálogo muito informal, amistoso numa aventura ao passado onde o futebol foi
o tema dominante, como não poderia deixar de ser…
Carlos
Manuel de Lima Barros
Esposende,
4 de dezembro de 2013
O Esposende Sport Clube, atualmente A.D.E., foi e é , uma Instituição desportiva meritória, com Estatuto de Utilidade Pública que muito deu e continua a dar ao desporto local, regional e mesmo Nacional.
Por esta Instituição passaram muitos presidentes, dirigentes, técnicos, jogadores, roupeiros e funcionários que se empenharam de "corpo e alma" para que o nome de Esposende fosse conhecido e respeitado por todos os que orbitam em redor da problemática desportiva, especialmente, neste caso, do FUTEBOL.
A Associação de Futebol de Braga, foi fundada no dia 27 de novembro de 1922, num longo caminho já trilhado, com os seus dedicados "servidores" e, no caso de Esposende-ADE/ESC, é justo realçar o dirigente, Porfírio Gomes, "pau para toda a colher", entre outros ilustres esposendenses: Orlando Sá Pereira, João R. Vilarinho, António Lopes da Silva Miranda, José Ferreira Laranjeira, Mário Batista Marques Henriques, Manuel da Silva Pinto entre outros insignes dirigentes.
Nesta rúbrica desportiva, irei tecer uns comentários sobre aspetos da vida dos ex-jogadores do ESC/ADE e, mais tarde, dos seus mais ilustres dirigentes. Nesta primeira fase deste trabalho escrito, serão descritas vivências de alguns jogadores, não sendo um registo biográfico dos mesmos, apenas curiosidades que enriquecem a vida histórica e desportiva desses atletas do ESC/ADE.
Dessas "Velhas glórias", veio à "mão de semear" o ADELINO TORRES, um velho amigo que muito aprecio.
O Adelino foi avançado de centro do ESC e é natural de Esposende, cedo começou a trabalhar como tipógrafo na Tipografia Cávado, sendo colega de trabalho, do senhor Belemino, pai do professor e maestro António C. Ribeiro.
Representou o Esposende-ESC- durante duas épocas e era uma avançado codicioso e "rato de área" e marcava muitos golos de cabeça, embora fosse um atleta de baixa estatura, tinha um grande poder impulsão e remate certeiro.
A sua carreira desportiva foi curta porque teve de emigrar para a França e jogou com o Moreira, guarda-redes do S. C. Braga, Leonel Laguna que era seu primo, Sotero, A. Pinto, Saganito, Graça/Augusto-guardas-redes-, Zé Taitas, Passos, Amâncio, Carvalho, João Vilarinho e Cruz entre outros jogadores.
Um certo dia, o Adelino, Sotero e Laguna foram treinar ao Riopele, que pagava bons prémios pelos treinos e o dinheiro que recebiam era para "comer e beber bem", segundo me afirmaram estes briosos atletas do ESC.
O Sotero e o Adelino chegaram a treinar ao Gil Vicente, e quem os levou foi o senhor Lamela no seu Citroen- "Arrastadeira". ainda como juniores, e era o Presidente do Gil Vicente o senhor Henrique mas foi sol de pouca dura porque o "poiso" deles era Esposende... Nessa altura o treinador dos Juniores do Gil Vicente era o Rafael, antigo jogador do Belenenses, colega do Vicente Lucas, Matateu,...
O Adelino Torres jogou no Varzim, levado pelo Nelo Linhares, diretor do clube poveiro, e era o jogador mais jovem da equipa e ganhava mais dinheiro nos juniores que alguns seniores do Varzim, devido à sua classe e valor como atleta e homem. O treinador do Varzim "Berna", antigo jogador do Real Madrid, dizia aos outros jogadores:
Se quiserem ganhar mais dinheiro que o Adelino, joguem como ele!..
Este diretor pagava ao Adelino 25$00 por dia, e ainda mais as viagens de Esposende até à Póvoa de Varzim e essa quantia era já bastante razoável para essa época.
O Dr. José Amândio, proprietário da Tipografia Cávado, facilitava-lhe a vida ao Adelino, para ir aos treinos e jogos e ele reconhece este gesto benevolente deste ilustre esposendense.
Os pais do Adelino-senhor Adelino, motorista do Linhares, e a senhora Albertina Romana- não lhe facilitavam a vida como jogador e teve de ir trabalhar, como tipógrafo, para ajudar o sustento da família porque a fartura não abundava. O Adelino foi sempre um bom filho e irmão solidário para os seus irmãos: Albertina, Octávio, meu companheiro de carteira na Escola Primária, Fernando, Manuel...
Um dia, após muitos anos como emigrante, regressou de França, de regresso a Esposende, na companhia da sua esposa Suzana-falecida-. e os seus filhos continuam amigos do Adelino, fazendo-lhe visitas esporádicas a Esposende.
O nosso amigo Adelino, lá vai fazendo pela vida, vivendo uma vida calma, fazendo as suas compras na sua bicicleta de cestinho, cumprimentando os amigos que muito o admiram.
Estes dados curiosos "nasceram " de uma conversa informal, no dia 22 de setembro de 2013, junto à Igreja Matriz de Esposende, num dia em que o sol esteve presente para me inspirar nesta descrição...
Apontamentos do ESC-Valpaços 1972/73
Na
época desportiva de 1972/73, o
Santos e Muchacho, entre outros faziam
parte do plantel do ESC, numa equipa aguerrida que fazia bons resultados.
O ESC deslocou-se a Valpaços para enfrentar a
equipa local que precisava de vencer o
jogo para garantir a manutenção.
Havia
um Benfica–Porto e, no intervalo, estes
dois amigos foram substituídos e estavam todos contentes no balneário já que o Porto
ganhava na Luz por 2-0 e o ESC também vencia por duas bolas sem resposta. A alegria era
enorme e ficaram muito tempo no chuveiro a
desfrutarem estas duas vitórias.
Dizia o
Santos:
Muchacho, o
Porto é o maior não dá hipóteses a ninguém!...
Cala-te, ainda
vais dar azar, desabafava o João para o seu amigo Santos, o fadista.
Vestiram-se, pentearam-se e saíram dos
balneários com o jogo quase a findar e perguntaram o resultado do Porto e do
ESC e, ficaram transtornados, quando lhes disseram que o Porto tinha perdido
por 3-2, assim como o Esposende…
O Santos
e o Muchacho ficaram doentes e na camioneta de regresso a Esposende estavam
mudos e tristes como a noite pela derrota dos seus clubes do coração.
Maldita hora que saímos do jogo, desabafava
o João Muchacho para o Santos…
27 de
outubro de 2013-10-31
entrevista
no Café Oliveira-Esposende
11.32
manhã
Carlos
M. Lima Barros
Recordar o E.S.C. e as suas “velhas guardas”-
jogadores-
E.S.C.
(Esposende
Sport Clube e a sua história)
Mensalmente, numa rúbrica desportiva
intitulada “Esposende e as suas velhas guardas”, será
publicado um texto, com conversas
informais com os antigos jogadores do ESC, algumas curiosidades e inúmeras
peripécias que foram acontecendo, ao longo dos anos, do nosso ESC que tiveram
como protagonistas os jogadores, dirigentes, sócios e simpatizantes do
histórico Esposende Sport Clube.
Será
um “recuar nos tempos” e um desejo de
registar e preservar um património histórico que teimo em
defender e divulgar porque será
um contributo firme e convicto para a cultura desportiva do Esposende Sport
Clube que, ao longo da sua atividade,
construiu um património extremamente importante e dignificante que , penso,
será relevante dar a conhecer à nova
geração de esposendenses, especialmente, aos que gostam do Esposende-ESC/ADE-,
uma Instituição de Utilidade Pública que deu e continua a dar, um grande
contributo à sociedade.
Falarei
de jogadores do ESC que fizeram parte, na época de 1964/65,
de uma equipa abnegada e muito competitiva, tais como:
Augusto; Carvalho, M.
Pinto, Passos, Zé Taitas, A. Pinto,
Sotero, Amâncio, Adelino Torres,
João Vilarinho e Cruz-Fininho-.
Naturalmente, que também escreverei algo sobre o Fernando “Inheco”
(que grande jogador…). Anibal Mó, Quim Tripas, Miquelino, Tião Saganito, Amancio, Anselmo, Manuel Losinha, A. Pilar, Jabaru “Terru”, Laguna, Santos, Muchacho e
tantos outros.
Infelizmente, alguns deles já faleceram,
contudo esforçar-me-ei em escrever alguns testemunhos de muitos destes
jogadores que ilustraram a “história do E.S.C.” com letras de oiro, em disputados embates com equipas, na altura,
extremamente poderosas, como o Gil Vicente, Fafe, Famalicão, Riopele, Monção,
Vianense e outras equipas com grande potencial futebolístico.
Carlos
Manuel de Lima Barros - 31 de aoutubro
de 2013-