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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Esposende assinalou Dia do Município com Auditório Municipal requalificado

Esposende comemorou, no dia 19 de Agosto, os 441 anos do Município e o 20.º aniversário da elevação a cidade. A data festiva ficou marcada pela inauguração das obras de requalificação do Auditório Municipal, exactamente vinte anos após a inauguração deste equipamento. A sessão solene, que habitualmente se realiza no Salão Nobre dos Paços do Concelho, decorreu, por isso, no Auditório Municipal, perante uma vasta assistência, que lotou completamente o espaço.


No último Dia do Município sob a sua Presidência, João Cepa fez uma intervenção em jeito de balanço, num discurso emotivo e emocionado. “Foram 15 anos ao longo dos quais tivemos de travar lutas muito intensas, enfrentando dificuldades, principalmente no plano financeiro, e contornando adversidades”, referiu o Presidente da Câmara Municipal, traçando, contudo, balanço positivo do trabalho desenvolvido. Agradeceu a confiança da população, o contributo dos que assumiram os mandatos autárquicos, bem como o contributo dos que “souberam e quiseram colocar os interesses do concelho acima de qualquer interesse político-partidário, e com o seu trabalho e dedicação contribuíram para que Esposende seja hoje um concelho mais desenvolvido, com maior qualidade de vida e mais reconhecido”.

Não obstante considerar que todos os projectos foram importantes, João Cepa destacou alguns que “tiveram importância acrescida, principalmente porque eram objectivos perseguidos há muitos anos”, nomeadamente a Requalificação da Zona Ribeirinha de Esposende e da Frente Marítima de Apúlia, a Central de Camionagem, a Casa da Juventude, o Centro de Educação Ambiental, o Centro Interpretativo de S. Lourenço, o Fórum Municipal Rodrigues Sampaio e o Centro de Segurança Pública. O Autarca não deixou, no entanto, de apontar outros investimentos realizados nas 15 freguesias do concelho, em domínios tão variados como o desporto, a educação, a acção social, o desenvolvimento económico, o ambiente, a rede viária ou a requalificação urbana. “Em 15 anos foram quase 400 investimentos de média/grande dimensão concretizados e cerca de 150 milhões de euros investidos”, afirmou, manifestando orgulho pelo patamar de desenvolvimento do concelho e expressando o sentimento de dever cumprido.

Na hora da partida, João Cepa não esconde que gostaria de cumprir mais um mandato autárquico, que lhe permitisse concretizar os projectos que sempre ambicionou, mas que “o tempo e os recursos não permitiram concretizar”, designadamente o Parque da Cidade, a Escola de Artes, o Auditório da Casa da Juventude, o Parque Temático dos Moinhos da Abelheira, o prolongamento para Sul da Ciclovia da Zona Ribeirinha e a resolução “do eterno problema” da navegabilidade do Cávado. “Deixo, contudo, trabalho já desenvolvido, nomeadamente projectos elaborados, e deixo o Município com condições financeiras para encarar o futuro com optimismo e com a possibilidade de transformar estes e outros projectos numa realidade”, afiançou o Autarca, indicando o caminho a quem o suceder ao apontar o novo Quadro Comunitário de Apoio, para que o Município “prepare atempadamente os seus projectos e defina com clareza as linhas estratégicas de desenvolvimento para o período 2014-2020”.

Da sua experiência autárquica, João Cepa, assumido “municipalista convicto”, realçou como aspecto negativo “o ataque” ao Poder Local, “desde a limitação de mandatos, aplicada somente aos autarcas, deixando de fora deputados e governantes, até às sucessivas alterações à Lei das Finanças Locais, passando pelos condicionalismos impostos ao Sector Empresarial Local”. O Autarca não deixou de criticar os “programas de apoio aos que, não sabendo gerir os recursos públicos, acumularam milhões e milhões de euros de dívidas, fruto de um esbanjar de dinheiro em obras megalómanas e em festas e eventos faustosos”.

Para o final da sua intervenção, o Presidente da Câmara Municipal deixou alguns agradecimentos pessoais, justificando: “se aqui cheguei foi porque tive a sorte de encontrar, ao longo deste percurso, pessoas que acreditaram em mim, que me apoiaram e que me ajudaram”.

Porque era seu desejo ter na sessão solene do Dia do Município um exemplo do trabalho de excelência realizado, coube a João Cepa a apresentação do que considerou “uma das maiores e melhores «obras»” da sua Presidência: o Coro dos Pequenos Cantores de Esposende, que presenteou a assistência com uma pequena actuação e o Autarca com uma lembrança e a interpretação do tema musical da sua preferência. Emocionado, o Presidente da Câmara Municipal agradeceu e elogiou o projecto, apelando ao futuro executivo para que continue a apoiar o Coro de Pequenos Cantores de Esposende.

O discurso do Presidente da Assembleia Municipal de Esposende foi, também, de despedida. Couto dos Santos deixa o cargo após dois mandatos consecutivos e traça um balanço positivo de oito anos de trabalho autárquico, assumindo que “depois de uma larga carreira política encontrei na experiência autárquica uma das mais gratificantes”. Expressou palavras de agradecimento aos deputados municipais e não esqueceu os Presidentes de Junta, a quem prestou homenagem pelo “trabalho e dedicação à causa pública”. Expressou apreço pela “visão estratégica” de João Cepa e pelo “esforço que sempre fez para, após as eleições, esquecer o partidarismo e colocar a instituição aos serviços dos munícipes”. O Presidente da Assembleia Municipal teceu fortes críticas à lei da limitação de mandatos, considerando-a “um absurdo político e um lapso da democracia”, criticando igualmente os responsáveis políticos que contribuíram para a crise que atinge o país.

Além da Sessão Solene, o programa do Dia do Município inclui o Concerto da Aurea, no Largo dos Bombeiros, a que assistiram cerca de 12 mil pessoas, e uma sessão de fogo-de-artifício, na Zona Ribeirinha da cidade.



O Serviço de Comunicação e Imagem da CME

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