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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Município de Esposende oferece giestas para manter a tradição dos Maios

Consciente da importância da tradição dos Maios para a comunidade, a Câmara Municipal de Esposende vai disponibilizar gratuitamente giestas amarelas e brancas, que os munícipes poderão levantar na Autarquia ou na sede da Esposende Ambiente, ao longo do dia de amanhã.
Estas plantas são resultantes de limpezas das faixas de gestão de combustíveis e outras medidas de silvicultura preventiva, previstas no Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios. Atendendo a que 2010 é o Ano Internacional da biodiversidade, para além da vantagem de uma elevada diversidade biológica, com especial destaque para a componente florística, esta medida visa ainda despertar consciências para a importância da preservação e gestão adequada dos espaços florestais.
Diz a tradição que na noite de 30 de Abril para 1 de Maio, todas as entradas das habitações devem ser protegidas das entidades malignas com um ramalhete de flores de Maio. Reza a lenda que esta tradição remonta ao tempo do Menino Jesus, ao episódio da Fuga para o Egipto, em que recolhida a mãe e filho na protecção de uma habitação, um traidor marca com sangue de cordeiro a ombreira da mesma, denunciando a presença do menino. Para o salvar, os habitantes marcaram da mesma maneira todas as ombreiras da aldeia, impedindo assim a denúncia. Com o tempo, do sangue do cordeiro passou-se para a utilização dos “Maios” floridos, perpetuando a memória daquele episódio, com a crença da protecção mediúnica, que hoje se transfere para todo o tipo de imóveis e outros bens.
Refira-se que no concelho de Esposende existem diferentes espécies de codeços e giestas frequentemente utilizados para a tradição do “Maio”. Estas plantas crescem apenas em espaços florestais e desempenham importantes funções ecológicas. As mais comuns são a Giesta-negral (Cytisus scoparius), a Giesta-das-serras (Cytisus Striatus), o Tojo-gadanho (Genista falcata Brot.), a Giesta-piorneira (Genista florida L.) e o Codeço-de-laínz (Adenocarpus lainzii).
Gabinete de Relações Públicas da CME

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