ESPOSENDE E O SEU CONCELHO


segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A AUSÊNCIA, QUEM A INVENTOU?

A AUSÊNCIA, QUEM A INVENTOU?


A ausência, quem na inventou?
Que desamor foi preciso,
Quando, afinal, nem das lágrimas
Anda distante o sorriso?!


Quem separa o mar e a praia?
Ou o coração do peito?
Ou de outras almas as almas,
Sem a morte vir a jeito?



A ausência, quem na inventou?
Deus não foi. Na Trina Essência,
Entre o Pai, o Filho, o Espírito,
Jamais se fala em ausência.


António Corrêa D'Oliveira
Páscoa, 1948. Quinta de Belinho.
D’OLIVEIRA, António Corrêa. Redondilhas. Porto: Livraria Figueirinhas, 1948.
Acervo do editor.

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